Aplausos?
Não... Não há ninguém que possa aplaudir...
Não... Não há ninguém que possa aplaudir...
No pouco tempo em que desviamos o olhar
Podemos ver, e admirar
Todos, num leve caminhar
Que as vezes chega sim, a balançar...
... Mas no fim
Sobre a linha, todos acabam por ficar...
A linha... A vida...
Uma só para cada um...
Todo o tempo
Nos apoiamos naquilo que acreditamos
Naquilo que recordamos
Pois a experiência
Torna o nosso corpo mais ágil
E aqueles pequenos soprões do vale
Não nos desequilibram mais...
O vale... O mundo...
O mesmo, para todos...
Sei que não é permitido desconcentrar
Pois aqui, não se pode errar...
Mas esse é o preço, de um pouco,
Se libertar,
E permitir a alma, pro céu, viajar
E de cima, todo o vale, observar...
Sim, somos, da vida, equilibristas
Dos mais habilidosos
Pois, nessa corda bamba
Na nossa vara do "equilíbrio"
Pesa de um lado as perguntas
E do outro, a resposta:
A vida, singular.
(Aplausos?)