Rego

Fusão das horas e segundos, em alicerce, e mundo
Figura desvaída de sentidos, em estado impuro, imundo

É sutil a dor da ferida, ainda, séptica
No tempo certo antes do aguardo, da pele, gélida

A mim que miras, sou todo culpa, sem sabor
Assim, que digas. Sou de farsa, e rancor

Não disfarço, nem nego,
Mas desfaço, o ego,
Contemporâneo, ao selo,
Cartas perdidas, no chão, que rego.