Anestesia do sul à morte

Amargo gosto da culpa
Que possui por inteiro
E preenche os espaços

Forte tão forte quanto forte
A cápsula que guarda pode
Então virar fragmentos ao quebrar

Não cai por não haver onde
Só flutua e vaga
Por não haver onde

Amargo é o gosto do ódio
Que ao ferido no orgulho
Age como anestesia

Tão só quanto só estar só
Uma vale por todos
E não há como quebrá-la

Dividido por opção em culpa e ódio
As partes que são parte
De nada do que se deva ser parte

Seria a anestesia?
Seria o ódio?
Seriam um só?

Tão forte quanto estar só e forte
Pode ser o guia dos sem norte
Ou anestesia do sul à morte